O papa Francisco segue estável e não apresentou novos episódios de crise respiratória nesta quinta-feira (6), segundo o boletim divulgado nesta tarde pelo Vaticano. O anúncio afirmou que o prognóstico do pontífice segue o mesmo e, dada a estabilidade de seu estado de saúde, o boletim —até então diário— não será publicado na sexta. A próxima atualização deve ser feita no sábado (8).
“Hoje o Santo Padre se dedicou a alguns trabalhos durante a manhã e a tarde, alternando entre descanso e oração”, afirma o documento. Mais cedo, o boletim do Vaticano já havia declarado que o pontífice estava em condição estável, havia descansado bem durante a noite e iniciado fisioterapia —juntamente com outros tratamentos— para melhorar a mobilidade.
O pontífice de 88 anos foi internado no hospital Gemelli, em Roma, em 14 de fevereiro, com uma infecção respiratória grave nos dois pulmões que tem exigido um tratamento em constante evolução.
O tom das atualizações do Vaticano tem sido mais otimista nos últimos dias, após o que foi descrito como dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” na segunda (3).
O papa não teve mais crises desde então, disse o Vaticano. No entanto, seus médicos reiteraram que seu prognóstico era reservado, o que significa que ele ainda não estava fora de perigo.
O comunicado do dia anterior afirmava que o pontífice permaneceu estável e sem novos episódios de insuficiência respiratória, e conseguiu realizar exercícios de fisioterapia respiratória pela manhã, segundo o Vaticano.
Ainda assim, ele não pôde participar dos eventos de início da Quaresma católica, celebrada na Quarta-Feira de Cinzas.
Francisco, na terça-feira (4), também apresentava um quadro estável, notícia recebida com otimismo depois de o líder sofrer dois episódios de insuficiência respiratória aguda na segunda (3) por “um acúmulo significativo de muco endobrônquico”, de acordo com a Santa Sé. Precisou, então, passar por dois procedimentos para ter as vias respiratórias liberadas e voltar a respirar com mais facilidade.
Seus médicos não disseram quanto tempo o tratamento pode durar. Quando não está em ventilação mecânica, que empurra ar para os pulmões e não requer sedação, o papa recebe um alto fluxo de oxigênio por meio de pequenos tubos nasais.
A pneumonia dupla é uma infecção grave em ambos os pulmões que pode inflamá-los e cicatrizá-los, tornando a respiração difícil.
A internação representa o maior período em que o religioso ficou longe da vista pública desde que seu papado teve início, em março de 2013.
O pontífice é propenso a infecções pulmonares porque teve parte de um pulmão removida após ter pleurisia (inflamação da pleura, membrana que reveste os pulmões e a caixa torácica) quando jovem.