O primeiro avião militar com 119 migrantes de diversas nacionalidades enviados pelos Estados Unidos para serem repatriados chegou ao Panamá na quarta-feira (12), de acordo com o presidente José Raúl Mulino, que ofereceu seu país como alternativa em meio à crise com Washington sobre o canal.
“Eles vêm dos Estados Unidos, fazendo uma ponte com o Panamá”, disse o presidente panamenho em entrevista coletiva nesta quinta (13).
Mulino afirmou que os migrantes foram levados para hotéis —que ele não especificou— e depois enviados para um abrigo na província de Darién, na fronteira com a Colômbia, onde há uma pista de pouso que será usada para voos de repatriação.
“Esperamos poder tirá-los de lá o mais rápido possível por meio de voos dos Estados Unidos. Essa é mais uma contribuição que o Panamá está fazendo para a questão da migração.”
Mulino disse que os migrantes são cidadãos da China, do Paquistão e de outros países asiáticos. Ele deu a entender que mais dois voos chegarão em breve para elevar o número total de migrantes expulsos para 360.
O presidente panamenho ofereceu o uso da pista de pouso de Metetí, em Darién, para as deportações durante uma reunião em 2 de fevereiro com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Cidade do Panamá.
A visita de Rubio foi marcada pela tensão bilateral devido às ameaças do presidente Donald Trump de retomar o Canal do Panamá, sob o argumento de que a passagem, na prática, é operada pela China, algo que o governo panamenho nega.