Salwan Momika, um cristão iraquiano que morava na Suécia e que queimou exemplares do Alcorão em diversas ocasiões em 2023 —o que gerou protestos em países de maioria muçulmana— foi morto a tiros em Estocolmo, informou a imprensa sueca nesta quinta-feira (30). A polícia disse que cinco suspeitos do crime foram detidos.
Um tribunal de Estocolmo ddeterminaria ainda nesta quinta se Momika era culpado de incitação ao ódio étnico. A corte adiou o anúncio do veredicto para a próxima segunda-feira (3) após a confirmação da morte dele.
A polícia informou em um comunicado que recebeu uma ligação relatando um tiroteio na noite de quarta-feira (29) em Sodertalje, nas imediações de Estocolmo, onde Momika morava.
Quando os policiais chegaram ao local, encontraram “um homem atingido por tiros que foi levado ao hospital”. Poucas horas depois, as autoridades anunciaram sua morte e a abertura de uma investigação. Segundo a imprensa sueca, Momika estava fazendo uma live nas redes sociais, e é possível que o assassinato tenha sido filmado.
Em agosto do ano passado, Momika foi acusado, ao lado de Salwan Najem, de “incitação contra um grupo étnico” em quatro ocasiões durante 2023. A acusação afirma que a dupla profanou o Alcorão, chegando a queimar exemplares do livro sagrado do islã, enquanto fazia comentários depreciativos sobre os muçulmanos.
As relações entre a Suécia e vários países do Oriente Médio foram afetadas devido aos protestos de Momika e Najem. Manifestantes do Iraque atacaram a embaixada sueca em Bagdá em duas ocasiões, em julho de 2023, e provocaram um incêndio na representação diplomática.
Em agosto do mesmo ano, o serviço de inteligência sueco elevou o nível de ameaça para quatro —em uma escala que vai até cinco—, afirmando que o ato de queimar o Alcorão tornou o país um “alvo prioritário”.