“Mandarei tropas à fronteira sul para barrar essa invasão desastrosa em nosso país”, afirmou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao tomar posse, em 20 de janeiro de 2025. Mais do que o reforço no local e da promessa de fazer a maior deportação em massa da história, o republicano brecou formas legais de entrada no país, como pedidos de asilo e refúgio.
O ato levou milhares de pessoas que enfrentaram todo tipo de perigo para chegarem à fronteira a ficarem como um barco à deriva. Boa parte tem retornado aos seus países de origem, mas um grupo segue no México sem saber que rumo tomar.
A Folha viajou do sul ao norte do Texas, percorrendo cerca de 1.500 quilômetros de carro durante sete dias, e parou em quatro cidades: Brownsville, McAllen, Laredo e El Paso.
Em três delas, cruzou a fronteira para o México a pé para Matamoros e Reynosa, cidades dominadas por organizações criminosas, e Ciudad Juárez. Lá, a reportagem conheceu imigrantes que dizem estar sem ter para onde ir, viu a preparação para receber deportados dos Estados Unidos e colheu relatos da violência que marca alguns desses lugares.
As histórias serão contadas em quatro capítulos publicados a partir desta terça (25).
