Presidente da Alemanha de 2004 a 2010 e chefe do FMI (Fundo Monetário Internacional) por quatro anos, Horst Köhler morreu na manhã deste sábado (1º) aos 81, informou o gabinete presidencial.
Segundo a nota, o político estava rodeado por familiares em Berlim após enfrentar uma “breve e grave doença”. “Foi sua crença na força de nosso país e na energia e criatividade de seu povo que permitiu a ele conquistar tantos corações”, disse o atual presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, em um comunicado.
Na Alemanha, o presidente é chefe de Estado, não de governo —função exercida pelo primeiro-ministro, cargo atualmente ocupado por Olaf Scholz.
Nascido em 1943 na Polônia ocupada pelos nazistas, Köhler passou a maior parte de seus primeiros anos vivendo em campos de refugiados com sua família antes de se estabelecer em Ludwigsburg, cidade no sul da Alemanha.
Economista formado e membro da União Democrata-Cristã, Köhler iniciou sua vida pública no Ministério da Economia, em 1976, e ascendeu ao cargo de vice-ministro das Finanças sob o ex-chanceler Helmut Kohl, em 1990.
Na pasta, desempenhou um papel fundamental na reunificação da Alemanha após o colapso do regime comunista, em 1990. Após essa passagem, Köhler se tornou diretor-gerente do FMI em 2000, cargo do qual abriu mão ao ser indicado para a presidência, em 2004.
Como presidente, ele não teve medo de desafiar o governo, dissolvendo o parlamento em 2005 para convocar novas eleições e acusando a então primeira-ministra Angela Merkel de não preparar adequadamente o país para a globalização em 2007.
Köhler, no entanto, renunciou um ano após o início de seu segundo mandato após ser criticado por afirmar em uma entrevista de rádio que a ação militar estrangeira do Exército alemão também servia aos interesses econômicos do país.