Israel deixou quatro palestinos feridos neste domingo (2) após atacar um veículo em uma estrada na parte central da Faixa de Gaza, disseram médicos à agência de notícias Reuters.
Segundo o Exército de Israel, uma aeronave israelense disparou contra o que o seria “um veículo suspeito” se movimentando em direção ao norte de Gaza, fora da rota de inspeção estabelecida pelo acordo de cessar-fogo, em vigor há duas semanas.
Sem dar detalhes sobre o impacto do ataque ou possíveis vítimas, o Exército disse que “está preparado para qualquer cenário e continuará a tomar as ações necessárias para impedir qualquer ameaça imediata aos soldados”.
Vários palestinos morreram em ataques israelenses desde que o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas começou, em 19 de janeiro. Tel Aviv disse que suas forças abriram fogo em incidentes em que figuras “suspeitas”, às vezes armadas, representavam um risco para as forças israelenses presentes em algumas áreas de Gaza, conforme estipulado pelo acordo.
O Hamas, no entanto, considera esses incidentes violações da trégua.
Durante a primeira fase do cessar-fogo, 33 crianças, mulheres e homens mais velhos deveriam ser libertados. Destes, 18 foram libertados até agora. Mais de 60 homens em idade militar continuarão sob o poder do Hamas até que a segunda fase do acordo de cessar-fogo seja negociada.
As negociações para a libertação dos reféns restantes e a retirada das tropas israelenses de Gaza em uma segunda fase do acordo devem começar até terça-feira (4).
Neste domingo, o Hamas já havia acusado Israel de atrasar a implementação da parte humanitária do acordo, dizendo que Tel Aviv ainda não permitiu a entrada dos suprimentos necessários de medicamentos, combustível e equipamentos para reconstrução, conforme estipula o acordo.
“Instamos os mediadores do acordo de cessar-fogo a obrigar a ocupação (Israel) a permitir a entrada de materiais de ajuda conforme determina o acordo, principalmente os itens de necessidade mais urgente como tendas, combustível, alimentos e maquinário pesado”, disse o porta-voz do Hamas, Hazem Qassem.
Israel não comentou as declarações do grupo terrorista.