Empresa retoma buscas de avião desaparecido há 11 anos – 25/02/2025 – Mundo

A empresa de exploração marinha Ocean Infinity retomou as buscas pelo avião da Malaysia Airlines desaparecido de forma misteriosa em 2014 em viagem entre Kuala Lumpur e Pequim, de acordo com o ministro dos Transportes da Malásia, Anthony Loke, nesta terça (25).

O ministro elogiou “o voluntarismo da Ocean Infinity de mobilizar seus navios” para reativar a busca pelo Boeing 777 que desapareceu dos radares em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulação, incluindo 153 de nacionalidade chinesa.

Loke não especificou quando as buscas do voo MH370 foram retomadas pela empresa de exploração marinha e disse que os detalhes sobre a duração da missão ainda não foram negociados.

O governo da Malásia anunciou no final de dezembro a aprovação de uma nova busca pelo avião desaparecido há mais de uma década.

No dia 13 daquele mês, o governo “aceitou em princípio a proposta da Ocean Infinity” de retomar as buscas em “uma nova área de quase 15 mil quilômetros quadrados no sul do Oceano Índico”, disse Loke à época. Isso é o equivalente a dez vezes o município de São Paulo.

O governo da Malásia já recorreu à Ocean Infinity nas buscas pelo Boeing 777 em 2018. Sem sucesso, a operação subaquática passou por Malásia, Austrália e China, cobrindo uma área de 120 mil quilômetros quadrados no sul do oceano Índico, e custou US$ 70 milhões (hoje, cerca de R$ 430 milhões).

A empresa de exploração, que tem equipes no Texas e na Inglaterra, encontrou o submarino argentino San Juan, desaparecido no Atlântico, em 2018, e o submarino francês Minerve, que sumiu na década de 1960, em 2019.

Apesar da busca empreendida após a catástrofe, considerada a maior da história da aviação, os destroços do avião não foram encontrados.

O desaparecimento sempre foi objeto de teorias, sobretudo a de que se tratou de um ato planejado pelo piloto Zaharie Ahmad Shah, de 53 anos à época.

Um relatório de 495 páginas sobre o desaparecimento em 2018 disse que os controles do Boeing 777 podem ter sido manipulados deliberadamente para sair do curso, mas os investigadores não puderam determinar quem foi responsável e não chegaram a uma conclusão sobre o que aconteceu, dizendo que isso depende da recuperação de mais destroços.