A Grécia declarou estado de emergência em Santorini na quinta (6) após uma série inédita de terremotos abalarem a popular ilha turística nesta semana e levarem mais de 11 mil residentes, trabalhadores e visitantes a se retirar da região.
Desde domingo (2), centenas de tremores quase constantes foram registrados no mar entre Santorini e a ilha de Amorgos, sendo o mais forte de magnitude 5,2 na noite de quarta (5).
Na ocasião, as autoridades alertaram sobre um alto risco de deslizamentos em partes da ilha. Elas fecharam escolas, enviaram equipes de resgate e aconselharam os residentes a evitar portos e aglomerações em ambientes fechados.
Unidades do Exército, serviço de bombeiros e polícia foram enviadas para a ilha. Do total, cerca de 7.000 pessoas deixaram Santorini de balsa e 4.000 de avião.
O Ministério da Crise Climática e Proteção Civil disse que o estado de emergência permanecerá em vigor até 3 de março, para permitir que responda às necessidades da população e às consequências da atividade sísmica.
O primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, deve visitar Santorini nesta sexta (7). Até o momento, não foram relatados danos significativos na ilha, mas as autoridades estão se preparando caso um terremoto maior ocorra.
Vasilis Karastathis, diretor do Instituto Geodinâmico, disse à emissora estatal grega ERT News que os abalos sísmicos continuam no mesmo ritmo dos dias anteriores.
“Temos um número bastante alto de terremotos com magnitudes acima de 4”, disse ele. “Ainda estamos no meio do caminho. Não vimos nenhum enfraquecimento, nenhum sinal de que está se encaminhando para uma retirada.”
A Grécia é um dos países mais propensos a terremotos na Europa, mas os sismólogos afirmaram que a alta atividade sísmica é sem precedentes e pode durar semanas ou meses.
Santorini adquiriu sua forma atual após uma das maiores erupções vulcânicas da história, por volta de 1600 a.C.
A ilha recebe milhões de turistas anualmente, mas o período atual é de baixa temporada, o que significa que os moradores locais e trabalhadores compõem a maioria das pessoas retiradas de Santorini.
