O México iniciou, nesta terça (4), o envio de 10 mil militares para a fronteira com os Estados Unidos para frear o tráfico de drogas como parte do acordo para que o presidente americano, Donald Trump, não imponha tarifas alfandegárias de 25% ao país vizinho.
“Já começaram a ser enviados [os militares]. O plano foi feito pelo general secretário [da Defesa] com sua equipe”, disse a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, durante sua habitual entrevista coletiva matinal.
Um dia antes, os EUA decidiram suspender por um mês as tarifas que haviam anunciado para importações do México, após ligação telefônica entre Trump e Sheinbaum e a promessa dela de enviar os militares para a fronteira como forma de evitar o tráfico de drogas no país, em particular do fentanil.
Em publicação no X (antigo Twitter), Sheinbaum disse que os EUA se comprometeram a “evitar o tráfico de armas de alto poder para o México”. “Nossas equipes começarão a trabalhar hoje mesmo em duas frentes: segurança e comércio”, escreveu a presidente mexicana.
No sábado (1º), Trump havia anunciado tarifas de 25% sobre todas as exportações do México e Canadá, acusando ambos os países de permitir o fluxo de migrantes irregulares e drogas para seu território. As barreira comerciais passariam a valer a partir de terça (4).
Os EUA são o principal destino das exportações mexicanas, que têm se beneficiado do tratado de livre comércio da América do Norte.